
Campanha do faz de conta
Francisco Ferreira
2025-10-09Na qualidade de 1.º Presidente da Câmara Municipal de Vizela e de Mandatário da candidatura do Movimento Vizela Sempre – Independentes nas eleições autárquicas do próximo dia 12 de outubro, estou totalmente surpreendido com a campanha feita no concelho de Vizela pelos partidos da oposição.
Com as eleições autárquicas à porta, seria de esperar que a oposição estivesse em força no terreno a mostrar vitalidade, proximidade e energia. Mas não, à semelhança do que sucedeu durante todo o mandato autárquico 2021-2025 – onde não apareceu a inaugurações, sessões comemorativas e demais eventos municipais – a oposição continua sem aparecer. Não aparece nas feiras, não aparece nas arruadas, não apresenta equipas, não apresenta “comissão de honra”, limita-se simplesmente a não aparecer no contacto com os Vizelenses. Ao contrário do que seria expectável de uma oposição que quer ser uma alternativa, que já estivesse no terreno a contactar com as pessoas, tal não se verifica e o que temos é uma oposição ausente, reduzida à mera colocação de cartazes, uma oposição de faz de conta. Ou seja, em vez do contacto direto com os Vizelenses, há publicações nas redes sociais, em vez de ouvir os feirantes, há comentários atrás de um ecrã, em vez de “enfrentar” os eleitores na rua, há denúncias anónimas. As feiras, onde se vive a realidade, continuam sem a sua presença, as arruadas, que exigem coragem e capacidade de mobilização, ficam para outros.
A oposição em Vizela refugia-se num mundo virtual, feito de publicações, comunicados indignados e denúncias anónimas.
Contudo, esta estratégia tem um problema simples, a política local não se faz na sombra, e quem quer governar não se pode esconder-se atrás de um ecrã.
Quem não saí à rua e arrisca o confronto direto, demonstra medo, medo de mostrar os seus candidatos, medo de ter de apresentar soluções, medo de mostrar que não tem resposta para as perguntas difíceis, medo de mostrar que não é uma alternativa viável.
Apesar das redes sociais serem hoje uma ferramenta incontornável na comunicação política, elas, apenas, complementam, e nunca substituem o contacto com os eleitores.
A ausência da oposição das ruas levanta um conjunto de questões de fundo: quem são os candidatos? Que projeto apresentam? O que oferecem para além de críticas avulsas? Se não têm coragem de estar com as pessoas em campanha, como poderão governar depois?
Os Vizelenses não são ingénuos, sabem distinguir quem aparece apenas em véspera de eleições e quem está presente todos os dias. Sabem separar quem se limita a discursar online de quem enfrenta a realidade.
A política autárquica faz-se nas ruas, nas feiras, no contacto com as pessoas. E quem não está disposto a isso, quem prefere o papel de oposição de faz de conta, não merece a confiança de quem vai decidir o futuro do concelho, não merece a confiança dos Vizelenses.
Por isso mesmo, no dia 12 de outubro, apelo a todos os Vizelenses que votem naqueles que diariamente dizem presente, que diariamente estão ao lado das pessoas, que diariamente dão respostas e arranjam soluções, que votem Movimento Vizela Sempre – Independentes, colocando a cruz no segundo quadrado do boletim de voto, na nossa Vizela Romana.