Operários recebidos pelos Recursos Humanos mas sem garantias
Embora em menor número - cerca de meia centena - os trabalhadores do Grupo Polopiqué que têm o desemprego à vista mantêm-se há três dias à porta da empresa. Nem a chuva desta quarta-feira os demoveu. Insistem em ser ouvidos pela administração do Grupo e reivindicam o pagamento das remunerações em atraso e a receção da documentação de acesso ao subsídio de desemprego.
Ao final desta manhã, representantes dos trabalhadores foram recebidos por responsável dos Recursos Humanos. Maria José Santos, operária da confeção, disse à Rádio Vizela que apenas lhes foi comunicado que ainda se aguarda pela nomeação do Administrador da Insolvência para que os trabalhadores possam aceder à documentação de acesso ao subsídio de desemprego, não havendo por esta altura a expetativa de que haja jugar, antes disso, ao pagamento das remunerações em falta.
Entretanto, a decisão destes trabalhadores é de se manterem em sinal de protesto à porta do Grupo Polopiqué até que a situação se resolva. Em causa estão 274 funcionários da Cottonsmile e da Polopique Tecidos. No caso das colaboradoras da confeção – a Cottonsmile - em causa estão o subsídio de férias e o salário de agosto. Já aos trabalhadores da Polopiqué Tecidos falta pagar o subsídio de férias e 30% do salário de agosto, uma vez que na última sexta-feira, dia 05, foi transferida 70% da remuneração do último mês.
Maria José Santos voltou a falar da necessidade urgente do acesso a rendimentos e também à documentação relativa à cessação do contrato de trabalho, porque há trabalhadores em situação de muita dificuldade e outros que já terão novo emprego mas que ainda não podem iniciar funções sob pena de perderem os seus direitos.
Contactado pelo RVJornal, o Grupo Polopique garantiu que irá prestar esclarecimentos em breve.