Rui Borges: “Novo treinador é sempre um tiro no escuro”

Treinador admitiu que entrada de Tozé Marreco no Gil Vicente condicionou preparação

O Moreirense quer este sábado voltar aos bons resultados. A equipa de Rui Borges está há três jogos sem conhecer o sabor da vitória, algo inédito neste campeonato. Depois de vencer o Arouca na luta pelo 6º lugar, os cónegos perderam em Guimarães, empataram na receção ao Estrela e voltaram a perder, desta feita na Luz. Foi com este pensamento que Rui Borges realizou ao início da tarde deste sexta-feira a antevisão ao encontro da tarde de sábado. O treinador começou por manifestar agrado com a ascensão de Tozé Marreco ao escalão maior do futebol português, mas defrontar o Gil depois da entrada do novo treinador condicionou o trabalho, como referiu: “A semana foi igual, mas é claro que em termos de estratégia do adversário isso condicionou. Já nos condicionou quando defrontamos o Vizela, agora acontece com o Gil. É sempre um tiro no escuro. Preocupamo-nos mais com a nossa equipa. Estamos focados no Gil, que tem um treinador novo, competente. Fico contente por o ver chegar à I Liga, é um amigo, tirámos o curso juntos, é muito competente e rigoroso. É uma equipa muito comprometida e coesa, muito competitiva, a mudança torna os jogadores mais disponíveis mentalmente, porque vão querer dar uma resposta diferente. Temos de estar preparado para seja qual for a estrutura que o Gil apresente, o Tozé já mudou dinâmicas noutros clubes. Estamos preparados para equipas que defendem a três ou quatro. É uma equipa que precisa de pontos, que vai ter compromisso maior depois da mudança. Estamos um pouco às escuras e focamo-nos mais nas nossas ideias”.

Rui Borges diz que o Moreirense está determinado em regressar aos triunfos na Liga, embora alerte para as dificuldades que o jogo encerra: “Felizmente não estamos na luta em que está o Gil, assim como outros clubes. Estamos em 6º lugar desde a 10ª jornada e não estou preocupado. Quero é que a equipa mantenha a qualidade e rigor, se o fizermos vamos regressar aos triunfos. Mais do que individual, trabalhamos o coletivo. Em termos ofensivos trabalhamos mais as tomadas de decisão, chegamos ao último terço e estão a faltar as tomadas de decisão. Isso tem a ver com confiança e falta de inspiração, compete-nos passar confiança com diálogo. Não temos visto um relaxamento mental dos jogadores, mas temos de andar sempre sobre isso porque pode acontecer involuntariamente. É natural que tenhamos mais dificuldades porque há muitas equipas a precisar do ponto. Está a faltar-nos fazer mais golos, mas é natural porque as equipas defendem mais. Já sabíamos das dificuldades que nos iria trazer a segunda volta”.

Rui Borges frisou ainda que a equipa já ultrapassou a derrota de domingo no Estádio da Luz, frente ao Benfica, bem como o que considerou erros de arbitragem nos dois primeiros golos encarnados.

“Isso não mexeu connosco e não entrou sequer no balneário. No momento foi difícil porque fomos penalizados com erros que não foram nossos. Para mim continuam a ser dois erros claros. Os árbitros erram como nós. Ficamos frustrados porque fomos penalizados por erros, que acontecem a toda a gente. Não podemos dar demasiada importância a coisas que não passam pela nossa forma de jogar. Os erros acontecem a toda a gente, não demos grande importância e partimos logo para o próximo jogo”.

Depois de Jerémy Antonisse ter regressado às opções no Estádio da Luz, o técnico adiantou que o outro extremo até agora lesionado, Madson Monteiro, está disponível para a receção aos gilistas: “O Madson está disponível. O Jeremy foi solução para o Benfica, mas só 15 ou 20 minutos, no máximo. Ele entrou muito bem no jogo, foi agitador, com a sua qualidade técnica muito acima da média. Esta semana entra o Madson, se calhar nesse mesmo contexto. Poderá ou não ser solução, mas está apto para jogo”.

O jogo entre o Moreirense e o Gil Vicente está marcado para este sábado às 15h30, com arbitragem de Artur Soares Dias do Porto e relato na Rádio Vizela.

 

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