Raios de sol entre a tempestade

Fomos sempre ouvindo dizer que depois da tempestade vem a bonança. Ainda não é o caso. A tempestade ainda estará longe de ser ultrapassada mas nada melhor que alguns raios de sol para nos fazer levantar a cabeça e seguir em frente.

A felicidade é isso mesmo. Não é uma vida. Mas antes a soma de momentos. E aquele que vivemos no último sábado veio, de facto, dar-nos algum alento. A Federação Portuguesa de Futebol indicou a subida do FC Vizela, tal como o Arouca, à II Liga sem a realização de playoff. Não há muito a dizer a não ser que é o regresso do clube à Liga de onde nunca deveria ter saído. E é também uma grande oportunidade para o FC Vizela crescer do ponto de vista competitivo, o que de certeza resultará em ganhos importantes para toda a estrutura, nomeadamente para a formação desportiva, garantida anualmente a centenas de jovens da nossa região.
Parabéns a todos aqueles que vestem a camisola azul e branca e fazem deste um clube do qual nos orgulhamos. 

Parabéns também para a Real Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vizela que esta sexta-feira, completa 143 anos de existência. Um aniversário vivido na intimidade do quartel – numa verdadeira lição do que deve ser o respeito pelo momento que se vive – mas que contemplará um desfile de viaturas pelas freguesias servidas pela corporação.  Apelemos, por isso, ao nosso sentimento que deve ser de gratidão profunda e vamos esta sexta-feira às varandas das nossas casas aplaudir os nossos bombeiros à sua passagem. Não obstante não termos dúvidas de que, independentemente de tudo, estes “anjos sem asas” não deixarão de vir em nosso socorro ao primeiro sinal de alerta, não podemos esquecer que não existe maior reconhecimento do que a gratidão e que há gestos que são muito importantes para que homens e mulheres como nós - com família, trabalho e tantas coisas mais – continuem a vestir aquela farda em prol de um dos sentimentos mais nobres: servir o outro.
A verdade é que a segurança que nos é transmitida sempre que olhamos para o “nosso Quartel” faz romper nas nuvens um novo raio de sol, um sinal de esperança. 

No entanto, não baixemos a guarda. O Covid-19 anda aí, com números cada vez mais expressivos, embora a redução de internamentos em cuidados intensivos no possa dar algum ânimo. Mas isso não basta para que deixemos de estar muito atentos, de forma a que este faça o mínimo de estragos possível. Agora, termino, com uma frase que vi e que agora partilho por entender que faz sentido fazê-lo nesta altura: “A vida é um constante recomeço. Não nos podemos dar como derrotados e deixar de seguirmos em frente. As pedras que hoje atrapalham a nossa caminhada amanhã vão enfeitar a nossa estrada”.