
O FUTEBOL QUE MERECEMOS
Hélder Freitas
2023-09-141 – Para quem como eu, anda “embrulhado” por obra e graça da Rádio Vizela, nas coisas da bola – e estou a falar dos campeonatos profissionais, não dos amadores que esses felizmente não levantam tanta celeuma – há situações que nos tiram a vontade de fazer algo que gostamos e que até retiramos algum gozo de tudo isso. Andamos 15 dias a falar do facto de um árbitro ter de ligar via telemóvel para o videoárbitro, para reverter uma decisão que havia sido mal sancionada, a bem da verdade desportiva. E no fim com o que é que levamos em cima? Com a decisão por parte do clube que viu a decisão ter sido bem revertida, em protestar o jogo! Imagine-se! Só não dá vontade de rir porque estamos a falar de coisa sérias, caso contrário entraria no anedótico do futebol.
Mas isto não é tudo. A semana passada, houve um jogo para acerto de calendário, que, creio, passou despercebido a muita gente que via o jogo na televisão, o facto de o quarteto de arbitragem ter impedido o clube da casa fazer uma substituição dado que o seu jogador a ser substituído ter ficado caído e ter sido assistido. Confesso que os regulamentos até podem estar do lado dos árbitros, no entanto o jogador não simulou nada, chocou contra um adversário, recebeu assistência, ia ser substituído… só que não. Não deixaram. Mesmo que as leis do jogo estejam a favor da tomada de decisão das equipas de arbitragem, não acho justo, para além de incorporar uma situação que não é de boa-fé que se faz tal.
2 – Mais uma. Agora para falar das escolhas do selecionador nacional para os dois últimos jogos de apuramento para o próximo Campeonato da Europa. Independentemente de quem venha, já se percebe que vai continuar tudo na mesma, e é uma pena. Chamar jogadores sem minutos na pré-época, em detrimento de outros que têm feito um belíssimo trabalho na tentativa de fazerem parte dos eleitos, é muito mau. Dá a sensação de que continuamos ao sabor de empresários e empresas de agenciamento. A propósito deste caso ouvi uma leitura muito simples de um jornalista da RTP - profissional que muito prezo - dizer que a questão é fácil de explicar. O que paira na cabeça do selecionador é: João Félix é melhor do que Paulinho ou Pote? É! Ponto! Concordo em absoluto. Mas continua a ser demasiado injusto. Ponto!