Editorial 19 de julho de 2018

Fátima Anjos

2018-07-19


1. Festas de S. Bento das Peras

Está terminada mais uma edição das Festas de S. Bento de 2018 que ficaram marcadas pela homenagem a Alfredo Ribeiro. Não poderia ter sido de outra forma, considerando que a Confraria soube honrar a sua memória e é de plena justiça que o seu nome tenha ficado perpetuado naquele santuário.

Mas na edição deste ano ficou também bem vincada uma outra mensagem - a de que existe atualmente uma reaproximação entre Confraria de S. Bento das Peras e Câmara Municipal de Vizela, até pelo facto dos seus líderes serem parceiros em outros projetos comuns. José Armando Branco foi um dos rostos mais visíveis da campanha do Movimento Vizela Sempre. Se o fez, presume-se, é porque acreditaria na capacidade de Victor Hugo Salgado orientar a ação governativa rumo ao crescimento da Vizela e, nessa altura, estaria ainda longe de saber que passados alguns meses estaria na liderança este grande projeto que é o projeto do S. Bento das Peras. Agora será mais do que natural que José Armando Branco chame a Câmara Municipal a participar e que a mesma, na medida das suas possibilidades, possa priorizar a sua intervenção no santuário.

Porque que não haja dúvidas: os ex-líbris de Vizela são as suas Termas, o seu Rio e o Monte de S. Bento. 

Mas políticas à parte, o mais importante é que o projeto de requalificação e valorização do santuário de S. Bento possa ganhar novo fôlego, rumo à concretização de novos projetos e que os mesmos possam significar melhores condições para os milhares de peregrinos que se deslocam ao S. Bento, procurando não só manifestar a sua fé mas, também, encontrar naquele local um espaço onde se possam descobrir e até reinventar. Não há dor que não seja minimizada com um final de tarde solarengo no monte de S. Bento.
Fátima Pereira definiu-o como um projeto megalómano e eu vejo-o como um projeto que jamais terá fim, porque ele tem tanto por onde crescer, que nunca será dado como terminado. 
Efetivamente que há vários anos que é notória a necessidade de intervir na principal via de acesso ao santuário. Algumas vezes faço o percurso, pelo lado de Guimarães, por S. Simão e chateia-me imenso quando ouço dizer: “vê-se mesmo que chegamos a Vizela”. Chateio-me, mas fico-me pelo silêncio, porque já basta o barulho do carro a tentar safar-se das irregularidades do pavimento. Daí que entenda que, antes de mais, será importante que a Câmara Municipal, em conjunto com a União de Freguesias de Caldas de Vizela, dê seguimento àquilo que recentemente anunciou, ou seja, que possa iniciar já em 2019 a requalificação da via de acesso, bem como a construção de passeios para promover melhores condições de segurança aos peregrinos que sobem a pé ao monte do padroeiro de Vizela.

2. Época de Incêndios

Ao mesmo tempo, congratular-me pelo facto deste ano podermos contar com mais meios para o combate aos incêndios, um pouco como acontece por esse país fora. O que quer dizer que as mortes ocorridas nos incêndios de junho e outubro do ano passado tiveram algum impacto junto de quem é responsável pela Proteção Civil em Portugal. Contudo, também não posso deixar de citar o nosso Comandante dos Bombeiros, Paulo Félix, para dizer: “Mas que não adormeçamos nos anos seguintes”.