Editorial 18 de outubro de 2018

Fátima Anjos

2018-10-18


Há muito que o congestionamento do trânsito em horas de ponta é questionado por todos aqueles que se vêm obrigados a atravessar Vizela. Uma situação que afeta, principalmente, quem circula entre as Teixugueiras e a rotunda dos Bombeiros mas que também produz os seus efeitos na Circular Urbana e na Rua Laurinda Ferreira Magalhães, que escoa o trânsito oriundo de Moreira de Cónegos.

Um constrangimento que a abertura da via paralela à Estrada Nacional 106 ao trânsito não veio resolver, por falta de alternativas, quando os condutores acabam por desembocar junto do Fórum Vizela.

No último sábado, em entrevista à Rádio Vizela, Victor Hugo Salgado, o presidente da Câmara Municipal, veio dizer que neste momento está a ser estudada a possibilidade de devolver os dois sentidos à Rua Dr. Abílio Torres, um estudo que surge na sequência do projeto de requalificação do centro urbano de Vizela – Praça da República e Jardim Manuel Faria – e que se encontra em curso.

Sabemos que na atualidade existe a missão de retirar os carros dos centros da cidade mas, também, devemos estar conscientes de que só o podemos fazer se tivermos alternativas que permitam a sua circulação. Caso contrário, teremos “cidades entupidas” por filas de carros, cujos proprietários farão de tudo para não voltar a passar em Vizela.

Se o projeto de requalificação do centro urbano vier a contemplar espaços destinados ao estacionamento (sabemos que não serão às dezenas), a reconversão da Rua Dr. Abílio Torres em dois sentidos poderá vir a ajudar na circulação do trânsito. 

O impacto visual não será assim tanto, até porque na atualidade quando passamos na Rua Dr. Abílio Torres vemos já existirem duas filas de trânsito, a diferença é que uma delas não se encontra em movimento. E a verdade é que continua a ser muito difícil encontrar estacionamento naquela via. 

Ao mesmo tempo, também entendo que o objetivo do Executivo que tomou a decisão a anterior - a de transformação da rua num só sentido - até possa ter sido a de contribuir para a revitalização da principal rua da cidade. Mas temos que admitir: não resultou.

Entretanto, e porque as eleições para os Órgãos Sociais da Real Associação Humanitária tiveram lugar no último sábado, fazer votos para que o presidente eleito, José Pires, possa reunir todas as condições para exercer um bom mandato. Com coragem agarrou este desafio, por isso, julgo que não haverá votos em branco que possam fazer esmorecer a sua vontade em, conjuntamente com a sua equipa de trabalho, dar o seu melhor. Assim o esperamos. 

Por Vizela e a sua população.