Moto Clube antevê concentração histórica este fim de semana

Romeu Osório entrou para o Moto Clube de Vizela em 2019 e atualmente é o presidente do clube. O próximo desafio que tem pela frente é a concentração deste fim de semana, que marcará o 20º aniversário desta associação, que 
apenas se comemora em novembro. Conseguir uma sede e reforçar o espírito de união entre associados são as missões que tem pela frente. Fica um excerto da entrevista ao presidente do Moto Clube de Vizela.

VJ – Estar à frente do Moto Clube de Vizela é uma missão difícil?
Romeu Osório (RO) –
Aconteceu de forma rápida. O meu padrinho no Moto Clube, conhecido por “Nuno Doutor”, é o responsável por eu estar aqui. Meteu-me a sócio e numa assembleia pediram-me para integrar a direção. Três meses depois o presidente saiu e  fiquei como presidente da Assembleia, agarrado ao barco. Houve mais quatro ou cinco diretores que ficaram comigo e fizemos a concentração, julgo que a melhor até à data. Foi em 2019. Fruto dessa concentração e de alguns convívios temos como prémio da Câmara de Vizela os Xutos&Pontapés. 

RVJ – Quando entrou foi com o objetivo de atingir determinados objetivos?
RO –
Sim. Temos 20 anos e seremos o único clube federado em Portugal que não tem sede. É uma das minhas ambições, além da aquisição de uma carrinha, que, entretanto, já conseguimos. Temos ainda a promessa da Câmara em dar o nome do Moto Clube a uma rotunda. Propus ao presidente a rotunda junto ao café “Filadélfia”, porque foi ali que meia dúzia de amigos começou com o Moto Clube. 

RVJ – Mas como nada se faz sozinho, tem procurado alguns parceiros… 
RO –
Os sócios do Moto Clube de Vizela deveriam preocupar-se mais com o Moto Clube, aparecerem e ajudarem mais. Fizemos uma assembleia recentemente para pedir ajuda para a concentração. O Moto Clube não é meu, estou farto de dizer isso, e gostava que houvesse maior adesão dos sócios, de outros ex-dirigentes que por lá passaram, que sabem o que custa estar à frente de um clube, e, muito sinceramente, não tenho apoio, sou eu, a direção e pouco mais. Por exemplo, para este evento pretendíamos tomar conta dos bares, mas como não tive ajuda da parte dos sócios, sei que muitos deles têm o seu trabalho, compreendo isso, mas tive de “vender” os bares e passar a focar-me e a preocupar-me com outras coisas, porque é um evento muito grande, que me anda a tirar o sono. É preciso muita burocracia, é esgotante. Acaba por ser um desabafo, um pedido que faço aos sócios, que apareçam em força para que daqui para a frente sejamos um Moto Clube unido, ele é grande e  já é conhecido em todo o país. 

RVJ – Acha que esse afastamento dos sócios ainda é uma consequência da pandemia?
RO –
Também, mas há coisas que já vêm do passado. Não é comigo que há problemas, quando eu cheguei o Moto Clube, este já estava cheio de problemas, com dívidas, e, neste momento, não deve nada a ninguém. 

RVJ – Já há muito tempo que anda a preparar esta concentração. Como surgiu a ideia de trazer a Vizela os Xutos & Pontapés?
RO -
O sr. presidente da Câmara foi convidado para ir à inauguração de uma carrinha que comprámos para o Moto Clube, e, nessa altura, disse-lhe que aquilo que mais gostava  para a concentração em Vizela, porque esta traz muita gente ao concelho, seria os Xutos&Pontapés. O presidente disse que sim. 
Já o Freestyle, costumava ser feito com o Humberto Ribeiro, mas na primeira concentração que fiz, em 2019, mudei e trouxe o “Arrepiado”, que para mim é um dos melhores do país, e tivemos uma adesão fenomenal. Este ano virá o Paulo Martinho, que é o número um em Portugal no Freestyle. 

RVJ – Já pensaram em mudar o local da concentração?
RO –
Não, a concentração do Moto Clube de Vizela é no Parque das Termas, é quase como a Taça de Portugal, é sempre no Jamor. A entrada é livre, e os Xutos & Pontapés, na minha opinião, são a melhor banda de sempre de Portugal. A nossa concentração é parecida com a de Faro, claro que a de Faro é muito grande, é a melhor do país, mas vai muita gente que nem tem motas, mas que gosta dos concertos, até podem gostar de apreciar as motos, mas não são motards. E nós queremos atrair os motards, mas também os outros que não o são. Esta é uma concentração para todos. Já me têm ligado muita gente, de Norte a Sul do país. 

RVJ – A concentração encerrará os festejos do 20º aniversário? 
RO -
Estou à espera que a concentração corra como o previsto, a partir daí quero descansar, depois, se quiser fazer algo mais, pedirei uma assembleia-geral. 
Os 20 anos comemoram-se em novembro, podemos fazer alguma coisa nessa altura, mas nada que se compare à concentração. 

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