Laboratório da Paisagem vai reabilitar margens

O projeto REACTivar Guimarães – Renaturalização dos Corredores Verdes dos rios Ave, Selho e Vizela, é uma aposta do município vimaranense e que uma equipa multidisciplinar do Laboratório da Paisagem vai levar para o terreno, em parceria com a Universidade do Minho e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

O objetivo é tentar recuperar muitos daqueles que são os corredores verdes e azuis do concelho [de Guimarães] e envolvemos também o Rio Vizela, no caso de Vizela, a Ecovia do Vizela, que abrange as três freguesias que são banhadas pelo Rio Vizela dentro do concelho de Guimarães, Lordelo, Moreira de Cónegos e União de Freguesias de Serzedo e Calvos, estamos a falar de um troço que tem uma extensão de aproximadamente 10 quilómetros, e as intervenções passam pela recuperação, reabilitação e a naturalização do corredor ripícola do Rio Vizela”, começa por dizer Carlos Ribeiro, diretor executivo do Laboratório da Paisagem, depois de questionado pela Rádio Vizela.

De acordo com o responsável, o projeto inclui ações de “limpeza da vegetação invasora, da vegetação existente nas margens, na plantação de árvores, e de aplicação de algumas técnicas da engenharia natural, que sejam determinantes para a melhoria da estabilização das margens e também a fruição da população ao longo dessas mesmas margens, neste contexto do Rio Vizela”.

Trata-se, na sua opinião, de “um projeto ambicioso, na sua totalidade estamos a falar de 60 quilómetros de intervenção, em que há um objetivo muito concreto: o de valorizar aquele que é um ecossistema determinante, mas, acima de tudo, voltar também a ganhar muita daquela que é a relação da população, do cidadão, com as linhas de água, e sabemos de antemão que ainda se está longe daquele que é o objetivo de qualquer um de nós, de podermos usufruir das linhas de água tal e qual sempre imaginamos, mas acreditamos que estes projetos têm uma importância extrema em termos dos objetivos principais, que são emanados pelas diretrizes europeias, mas também pelos desafios nacionais que se colocam”, salienta Carlos Ribeiro.

O projeto conta com um financiamento em torno de 1.6 milhões de euros, para as intervenções de limpeza. De fora deste valor fica, por exemplo, “a colocação de saibro, de forma a que seja possível fazer a fruição destes espaços”. “Mas no que diz respeito ao financiamento que está coberto pelo COMPETE 2020, estamos a falar de cerca de 1.6 milhões de euros”, sublinha o responsável.

Mais pormenores no RVJornal, quinta-feira nas bancas.

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