José Pires quer sociedade unida no apoio aos Bombeiros

Tomaram posse os novos Órgãos Sociais da RAHBVV.

Tomaram posse na noite desta sexta-feira, dia 19 de outubro, os novos Órgãos Sociais da Real Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vizela (RAHBVV).

A cerimónia realizou-se no salão nobre da instituição e foram muitos aqueles que se deslocaram ao quartel vizelense para assistir ao momento.

As primeiras palavras pertenceram ao General Cipriano Alves, presidente cessante da Assembleia Geral, que, antes de dar posse aos novos Órgãos Sociais, quis deixar felicitações àqueles que a partir de hoje vão estar ao leme da Real Associação Humanitária. Cipriano Alves despediu-se do cargo de presidente de Mesa da Assembleia Geral, lembrando, tal como ele, aqueles que terminaram funções na noite desta sexta-feira: “Àqueles que com dedicação, empenho, insistência, prejudicando muitas vezes as suas famílias, serviram a nossa instituição. Para eles um muito obrigado”.

Foram depois empossados os novos Corpos Sociais, eleitos no último sábado para um período de três anos. Armindo Faria, novo presidente da Mesa da Assembleia Geral, foi o primeiro a intervir depois da cerimónia de tomada de posse. “A partir deste momento assumo, efetivamente, o peso que traz este cargo”, disse antes mesmo de dar início ao discurso oficial onde agradeceu o trabalho dos anteriores Órgãos Sociais, mas foi para os que agora entraram que deixou as palavras finais: “Termino com um repto que aqui deixo a todos os membros que foram empossados: que, cumprindo o juramento que acabaram de prestar perante esta assembleia representativa da sociedade em geral, e por ela testemunhado, todos saibamos preservar e honrar o glorioso passado, dignificar sempre o presente e garantir o futuro. Tudo com confiança e estabilidade a bem desta ancestral e mui nobre RAHBVV”.

José Pires: “Quando digo todos, não estou a excluir ninguém”

O discurso mais esperado era o de José Pires que foi eleito presidente da Direção, cargo que já ocupava depois da suspensão do mandato de João Ilídio Costa - que marcou presença na sessão -, em maio de 2017, e da posterior renúncia, em outubro do mesmo ano.

José Pires agradeceu o empenho da equipa que o acompanhou até à noite desta sexta-feira, deixou também uma palavra aos membros que agora entram em funções, não esqueceu dos bombeiros, mas foi para a sociedade em geral que quis deixar um repto, pois, como disse, “hoje as exigências são mais que muitas”: “Quando digo todos, não estou a excluir ninguém. Não enterremos a cabeça na areia para fugir aos problemas como as avestruzes, não apaguemos as luzes lá de casa (…), todos temos obrigação de ajudar e um pouco a cada um torna mais leve o trabalho de todos e conseguimos ir mais além das nossas capacidades e do nosso alcance”.

“Neste mandato, e seguindo aquilo que sempre procurei fazer, apenas representarei o nome do cargo que ocupo, mas, no dia a dia, serei igual a qualquer um dos meus colegas. Juntos, com uma entreajuda contínua, desburocratizada, dedicada, procuraremos tornar o trabalho mais leve a todos e fazer mais pela associação e pelos bombeiros. E aos bombeiros, procuraremos ser seus aliados na motivação, no empenho e na ajuda na sua afirmação como homens livres, válidos e capazes no exercício das suas funções e na sua formação como pessoas. E, nunca esquecendo o fundamental, por aquilo que representam, o reconhecimento de gratidão pelo serviço e dedicação, pela vida por vida”.

Vieram depois os discursos de Jorge Machado, presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Braga, e o de Hermenegildo Abreu, Comandante Operacional Distrital de Braga.

Por fim, tomou da palavra Victor Hugo Salgado. O presidente da Câmara Municipal de Vizela elogiou o trabalho de José Pires, referindo-se ao presidente da Real Associação Humanitária como uma “pessoa sensata, experiente, dedicada, responsável e que não procura visibilidade pública no cargo que ocupa”.

Antes de garantir o apoio do Município de Vizela, Victor Hugo Salgado fez questão de minimizar o facto de no ato eleitoral dos Bombeiros terem existido 33 votos em branco. Ainda assim foi duro nas críticas aos que “votaram branco”: “Com a minha frontalidade característica, que muitos de vocês reconhecem, gostaria de reforçar o meu apoio a esta Direção e aos respetivos Corpos Sociais e ainda destacar de forma clara que a equipa liderada por si conseguiu uma das maiores participações em processos eleitorais nos Bombeiros Voluntários de Vizela, enquanto lista única. Uma nota secundária, os votos brancos, mas na minha opinião, contrariamente às eleições comuns em que significa descontentamento ou falta de reconhecimento dos candidatos, este ato eleitoral - de eleições aberta e de fácil participação e expressão democrática, como são a dos Bombeiros Voluntários de Vizela – significam [os votos branco] única e exclusivamente cobardia ou medo ou então desrespeito por esta nobre instituição. Mas, mais do que nos prendermos com estas questões, queria desejar um bom mandato a todos os Órgãos Sociais, porque o vosso sucesso, o nosso sucesso, é o sucesso de todos os vizelenses”.

Mais pormenores para acompanhar na próxima edição do RVJornal.

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