Erga o polegar e siga para Lousada para o HitchFest

HitchFest – Festival da Boleia começa hoje em Lousada e prolonga-se até domingo no Parque de Merendas do Ameal.

Começa hoje em Lousada, no Parque de Merendas do Ameal, em Cernadelo, a 2ª edição do HitchFest – Festival da Boleia. Francisco Pedro, mais conhecido por Kiko, foi um dos fundadores deste evento que gira em torno da viagem, da ecologia, do ativismo, da arte e do autoconhecimento. Francisco Pedro foi o convidado do Espaço Associa-te da Rádio Vizela, e trouxe consigo Francisca Vilaça, responsável, nesta edição, pela decoração do espaço. O festival começa no dia 31 de julho e termina no dia 04 de agosto.

RVJornal (RVJ) – Como surgiu a ideia de realizar este HitchFest?

Francisco Pedro (FP) – Éramos um grupo de quatro pessoas, de vários pontos do país, que não se conheciam. Éramos um grupo apaixonado por viagens, pela vida, e que partilhavam este prazer - que para muitas pessoas é desconhecido – de viajar à boleia. A ideia foi usar a boleia como um pretexto para abordar várias coisas diferentes, uma delas é a ecologia, o ativismo, o desenvolvimento pessoal e o autoconhecimento e também as artes.

Francisca Vilaça (FV) – E eu acrescento: conectar-nos com outras realidades também. Eu não sou fundadora do festival, caí um pouco de paraquedas na primeira edição, que decorreu em Marco de Canaveses, mas mal cheguei senti que queria fazer parte deste projeto.

 

RVJ – É um festival dedicado a que público-alvo?

FP – É dedicado à diversidade, isto tem a ver com a abertura de horizontes. Vamos ter pessoas vindas de todo o mundo, que viajam de mochila às costas, pessoas de Portugal inteiro, e o convite está aberto a todas as pessoas, sendo que este ano até um espaço dedicado às crianças vamos ter.

 

RVJ – Apenas entra quem chega à boleia?

FP – Não, mas fazemos um desafio para que as pessoas tenham essa aventura, experimentem.

FV – Temos um grupo no facebook em que apoiamos, damos dicas sobre como o fazer e também na nossa página do HitchFest.

FP – Mas podem vir como quiserem naturalmente.

 

RVJ – Como foi a primeira edição, em Marco de Canaveses, em 2017?

FP – Participou muita gente, passaram por lá 1000 pessoas, nem todas estavam a acampar, mas vieram pessoas do mundo inteiro, da região também. Penso que superou as expetativas. Mas o mais importante foram as pessoas, no final, dizerem que o evento lhes tinha mudado a vida de alguma forma e isto não aconteceu nem uma, nem duas vezes, foram mais.

 

RVJ – Paga-se bilhete para entrar?

FP – É de donativo livre. As pessoas vêm e contribuem com o que entenderem. Não temos um preço fixo. Cada um dá o que pode.

 

RVJ – O festival decorre até domingo, dia 04 de agosto. O que se pode ver?

FP – Teremos áreas de restauração, de artesanato, todos os dias teremos atividades logo desde manhã, mais dedicadas ao bem-estar, como meditação, yoga, dinâmicas de grupo, da parte da tarde teremos oficinas, workhops, palestras e, normalmente, a partir das 18h00 começam os concertos, que também são muito variados. Aliás, no mesmo dia há concertos de diferentes estilos, teremos desde os cavaquinhos e aos bombos locais, até à música eletrónica, mais experimental, música acústica, punk, música da américa do sul, muita coisa. O programa pode ser consultado no nosso site.

 

Entrevista para acompanhar no RVJornal, amanhã nas bancas, ou em www.radiovizela.pt.

O programa completo do HitchFest 2019 – Festival da Boleia pode ser consultado em http://www.hitchfest.space/.

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