Desportivo JA contra Reestruturação de Campeonatos de Futsal

Presidente José Antunes admite impugnar campeonatos e lutar de todas as formas contra alterações

 

A direção do Desportivo Jorge Antunes, discorda profundamente do Plano de Restruturação do Futsal, aprovado na última semana. Desde logo, porque as Associações Regionais e Distritais não tiveram a oportunidade de contribuir para tão importante alteração, pois não foram ouvidas nem achadas sobre o assunto.  Para o clube vizelense as alterações acabam por beneficiar os grandes.

Na preparação da nova temporada, o Desportivo estava a apostar forte, nas suas equipas Seniores com o objetivo de subida aos Campeonatos Nacionais, que caso acontecessem levaria o Desportivo à II Divisão em Masculinos e à I Divisão Nacional em Seniores Femininos em 2021/22. Com a aprovação da restruturação o Desportivo vê-se obrigado a cumprir mais etapas se quiser alcançar os objetivos agora definidos, isto porque foi criada a III Divisão Nacional, em Masculinos e a II Divisão Nacional em Femininos.

José Antunes já manifestou publicamente a intenção de “impugnar os campeonatos” e de “lutar de todas as formas que sejam possíveis”, para tentar inverter esta situação.

A primeira medida surge em comunicado, num documento chamado “Carta Aberta à Federação Portuguesa de Futebol e AF Braga”. A direção do Desportivo deixa em aberto várias questões em neste comunicado que poderá ler na integra.

 

Comunicado:

 

“A alteração do formato, numa altura complicada como esta, não faz sentido, sendo injusta. Qual o sentido da 1ª fase ser a uma mão? Desvirtua a verdade desportiva, dado que haverá equipas beneficiadas com mais um jogo em casa. Quem analisar devidamente as estatísticas dos anos anteriores, sabe que o fator casa é extremamente importante para obtenção de uma boa pontuação.

Só há três equipas para quem este formato é indiferente: Sporting CP, SL Benfica e ADCR Caxinas, todas as outras equipas podem ser prejudicadas. A 2ª fase de manutenção, com todas as equipas, o facto de haver mais jogos é uma melhoria, há que se dizer, para não ter uma paragem competitiva tão grande, é uma melhoria, das poucas, senão a única.

Não se entende que se alargue a 2ª Divisão Nacional de Seniores, que se crie uma 2ª Divisão Nacional Feminina e, então, não se alarga as da formação porquê? Não pertencem todos à mesma FPF? Não sabiam qual equipa escolher para subir? Faziam Play-Offs quando desse, não é o que vão fazer com as equipas da 2ª Divisão para o apuramento para a 1ª Divisão?

Um Play-Off sem verdade desportiva, jogadores diferentes, alguns treinadores se calhar também, qual é o porquê de se realizar? O problema é abrirem-se precedentes, futebol 11 tratado de uma forma, com subidas e descidas, futsal de outra, tudo cancelado; passado um mês, afinal, alargamento, mas porquê?

A nível sénior, o alargamento que supostamente não ia haver, mas que depois houve, é um presente envenenado com, em 2021/2022, existirem equipas que vão descer duas divisões?!

Faz sentido?

Equipas B com entrada direta para a 2ª Divisão Nacional, porquê? Há algo que esses clubes tenham a mais que os outros e não tenham que lutar por essa vaga em campo como todas as outras equipas? Parece que, cada vez mais, há jogos de interesses por detrás do futsal para que determinadas equipas sejam beneficiadas, e ser um privilégio poder jogar ao mais alto nível e não um direito conquistado em campo.

Em 2020/2021 ser Campeão Distrital não chega para subir de divisão, há ainda um apuramento do género Taça Nacional, qual o sentido?

E, pior, já não se sobe para a 2ª Divisão, mas sim para uma 3ª Divisão.

Mudamos os moldes assim de um dia para o outro?

Está-se a criar um processo de certificação com os prós e contras que tem, um processo a longo prazo, de vários anos, extremamente trabalhoso, custoso, e os moldes competitivos são alterados quando se apetece sem aviso prévio?

Não deveria ser algo planeado e proposto aos clubes para se poderem preparar? Não é esse o objetivo da certificação que muitos clubes estão a fazer? Serem entidades formadoras que sabem o que pretendem fazer, e quais os objetivos a atingir, mas com a incerteza que nos está a ser criada será cada vez mais difícil.

De repente, puxa-se o tapete e muda se tudo!

Se calhar, daqui a um mês, já mudou de novo ou não!

Futsal para onde caminhas tu...”

 

 

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