REFORÇAR A IDENTIDADE

José Borges

2019-05-23


Os nossos dias, fazem o nosso tempo e marcam a nossa geração. Admitindo, que o homem, é ele próprio e as circunstâncias que o rodeiam, reconheça-se, e dê-se mérito àqueles, que formatam a sua conduta, sem a necessidade de se deixarem contaminar pela influência das massas. 

Vulgarmente apelidado de rebanho, em que as ovelhas seguem ordeiramente umas atrás das outras. Vem isto a propósito, duma imagem que a rede me proporcionou em que se verifica, que na cidade de Guimarães, não foi festejado, pelo menos publicamente, o título conquistado pelo Benfica. 

O popular intérprete Marco Paulo, celebrizou a frase “Eu tenho dois amores e não sei de qual eu gosto mais”. Contudo, na cidade berço, onde exerço a minha atividade profissional, comprovou-se, que apenas existe, pelo menos de forma latente e visível, um amor. 

O Vitória SC, o Clube da sua cidade. Comportamentos e posturas desta natureza, enobrecem quem as pratica, pois reforçam o poder e a marca dos clubes locais ou regionais, e dão forte contributo, para que se atenue a macrocefalia no nosso futebol e se reforce a competitividade dos campeonatos. No atual quadro, em que todos se concentram, e influenciam o reforço do domínio de determinadas cores, contribui-se de forma decisiva, para que cada vez mais, os outros, os periféricos, funcionam como bolinhas nas árvores de Natal, que apenas servem para dar brilho ao menino Jesus.

Localmente, e no que à atividade desportiva diz respeito, vivem-se momentos de enorme expectativa. Inicia-se a fase decisiva do Campeonato de Portugal em que o FC Vizela vai tentar de novo o regresso às competições profissionais. Curiosamente, vai reencontrar o opositor, que no ano passado nos ficou trancado e que nos dificultou a respiração. Que essa experiência nos sirva de exemplo, e que coletivamente se faça tudo para ir ao encontro do objetivo traçado. Se assim for, e se no final podermos dizer que tudo foi feito, a mais não podemos ser obrigados.

Uma palavra para a decisão judicial, que decidiu recolocar o Vizela na 2ª Liga. Uma decisão tardia, que não evita nem compensa o desgosto de todos os associados e dirigentes daquela época. 

Estou-me a recordar, por exemplo dos antigos presidentes Paulo Pinheiro e José Armando Branco. Resta agora à Federação Portuguesa de Futebol e aos seus órgãos, evitar que se prolongue a dor, que resultou da injustiça praticada. 
Mas neste momento, essa recolocação, será apenas uma alternativa à promoção que vai acontecer dentro das quatro linhas nos próximos momentos. 
Assim seja.