Saiba tudo o que vai acontecer na Noite Branca de Vizela

É já esta noite com organização da Comissão de Festas da Cidade.

RVJornal (RVJ) – Depois de terem abraçado dois desafios, a organização da Feira Romana e das Festas da Cidade, porque decidiram abraçar a realização de uma Noite Branca em Vizela?

João Vaz (JV) – Este evento foi-nos lançado pela Câmara Municipal de Vizela, nós aceitámos o desafio, havia também uma parte financeira substancial para nos ajudar em todos os eventos e foi por aí. Falei com o grupo, no início ficámos um bocado reticentes, mas depois decidimos avançar.

RVJ – Estavam habituados a descansar depois de terminadas as Festas da Cidade, até porque acumulam esta atividade com o desempenho da vossa profis-são, mas agora não é isso que acontece...

JV – Não, até porque o espaço de tempo entre eventos é muito curto. Começámos com a Vizela Romana em junho, no mês de julho ultimámos os pormenores para as Festas da Cidade e depois temos uma janela de quase um mês para a Noite Branca. Para quem não vive disto, como é o caso dos elementos da Comissão de Festas, não é fácil...

RVJ – Setembro é o mês ideal para promover uma Noite Branca?

JV – Teremos que avaliar isso mesmo no final deste evento. Na altura propusemos que se realizasse em julho, mas a Câmara achou que não seria a melhor data, apontámos para setembro, (…) mas foi um entendimento entre Comissão de Festas e Câmara, se bem que a data teve de ser o dia 22 para dar tempo para que os elementos da Comissão de Festas gozassem as férias que estavam programadas, aliás há elementos da Comissão que ainda se encontram de férias e não vão estar cá para o evento.  Agora teve que ser neste timing , se calhar, numa próxima terá que ser mais cedo. Fazer a Noite Branca quando as pessoas regressam das férias faria mais sentido. Este ano é assim, mas no fim iremos avaliar o evento, as datas, todas as coisas que vamos fazer. À semelhança de quando foi com a Vizela Romana, este é um ano zero para a Noite Branca para percebermos onde podemos apostar.

RVJ – É um ano experimental... Isso obrigou a Comissão de Festas a participar e visitar outras cidades do país que já apostam na Noite Branca?

JV – Sim, já tínhamos frequentado quer as Noites Brancas de Guimarães, de Braga e até de Loulé, só que nós estamos num campeonato completamente diferente. Braga gasta perto de 300 mil euros num evento como este… Não há base de comparação, mesmo Guimarães tem um orçamento muito elevado. Dentro daquilo que dispomos, vamos tentar fazer o melhor.

RVJ – E qual é o orçamento da Noite Branca de Vizela?

JV – Ronda os 20 mil euros.

RVJ – Não dá para comparar efetivamente com o orçamento de Braga…

JV – Não, não dá. Temos as coisas muito espremidas. Se analisarmos as contas, os 100 mil euros que vêm da Câmara têm que ser divididos por três eventos, depois temos as verbas que conseguimos arranjar com os peditórios e no resto das festas, mas tudo isso é muito pouco quando comparamos com eventos que são de dois ou três dias e têm  verbas três vezes maiores ao nosso orçamento.

Isso obriga-nos a um esforço muito grande, nós é que andamos no terreno a decorar as ruas, a subir postes, a colocar toda a parte cénica dos eventos e isso faz com que haja um desgaste muito grande. Em Braga, as estruturas para decoração de ruas são contratadas, nós também pedimos orçamentos, mas, por exemplo, só para três peças para chegar aos 10 mil euros era fácil. Isso é metade do orçamento, não podíamos fazer mais nada.

RVJ – As peças de que fala são os cenários?

JV – Falo de cenários sim, falo de estruturas para decorar as ruas, embelezar e engrandecer o evento. A nossa aposta incidiu muito sobre a animação de chão, ou seja animadores, nomeadamente, pessoas com andas, insufláveis, uma série de coisas que não quero adiantar muito para causar impacto no dia. Só aí teremos 21 elementos a animarem desde o Fórum até ao Jardim, passando, claro, pela Praça. Vamos ter um corredor ali sempre com este fluxo e teremos algumas peças também no chão. Foi aquilo que nós conseguimos arranjar.

RVJ – Como é que os vizelenses e aqueles que nos visitarem na noite de sábado vão encontrar Vizela?

JV – Vão encontrar Vizela, desde o Fórum até à Praça, com muita animação de rua.

Nós tentamos, com estes animadores, puxar muita energia e “boa onda” para que as pessoas se sintam alegres e entrem no espírito do evento. Haverá uma interação muito próxima com o público e depois teremos a parte dos espetáculos e dos DJ’s.

RVJ – Apesar de ser o ano zero, quais são as vossas expetativas? Pretendem fazer um evento para a cidade ou acham que ele terá capacidade para chamar pessoas de fora?

JV – Não criámos muitas expetativas por todas as razões que já referi, mas estamos a sair para a rua com a publicidade e esperamos que, pelo menos aqui à volta, das cidades que nos rodeiam, consigamos trazer pessoas até cá. Julgo que vamos ter boa afluência.

RVJ – O conceito só ganhará forma se as pessoas se vestirem de branco…

JV – Sim, é um apelo que aproveito para fazer. Que as pessoas tragam uma peça branca para se enquadrarem no tema da festa, até porque toda a decoração que estamos a preparar e toda a animação de rua andam à volta do branco. E se as pessoas aparecerem com uma peça branca acabam por dar uma vida diferente aos espaços. O convite é que as pessoas circulem e experimentem as várias áreas.

Programa

Praça da República – das 21h00 às 03h00

Marta Ren & The Groovelvets

The Fucking Bastards

Carolina Martinez

Tiger Lewis

Jardim Manuel Faria – das 21h00 às 02h00

DJ Vítor PI

DJ Neto

DJ Zydu

DJ Simon

Fórum Vizela – das 19h00 à 01h00

Banda USQ?

DJ Ricardo Gordilho

DJ André Manfrini

DJ Uggo (Classic Duo Project)

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