Associação Vizela Sempre discutiu a Cultura de Vizela

O debate teve lugar no Chalé do Park e contou com várias entidades ligadas à cultura local.

A Associação Vizela Sempre promoveu na noite de ontem, terça-feira, no Chalé do Park, um debate com o tema “Cultura em Vizela, Presente e Futuro…”. Como palestrantes estiverem três vizelenses, Hélder Magalhães, Conceição Lima e Eugénio Silva, ligados à área, através do trabalho que têm desenvolvido em prol da cultura local, ao longo dos últimos anos, “de forma independente e sem vínculo ou relação política”, segundo a associação. O debate foi moderado por Armindo Faria, que deu início ao mesmo, falando acerca do Plano Eleitoral do Movimento Vizela Sempre. “Trata-se de um plano como o que todas as famílias e instituições têm e conhecem bem, é a base essencial de qualquer entidade que queira gerir os destinos de um povo. Deve ser entendido como um ato nobre e não de empobrecimento dos outros, para obter enriquecimento ilícito”, começou por dizer. O coordenador do Programa Eleitoral do Movimento “Vizela Sempre” afirmou que o mesmo não terá um Plano Eleitoral igual “aos que outros fazem, sem qualquer sentido pejorativo”. “Na generalidade, constrói-se um programa eleitoral num gabinete e mais tarde coloca-se em placares, publicita-se através dos media e depois vai-se de porta em porta a fazer a apresentação desse programa, nós não fazemos assim. Primeiro recolhemos os contributos de todas as pessoas e instituições, por isso elaboramos um plano ambicioso, de visitar, desde novembro até abril do próximo ano, todas as instituições, de forma a reunirmo-nos com as pessoas que as dirigem. Entendemos que é lá, fruto da aproximação que tem com a comunidade, que conseguimos perceber o sentido do povo, ir de encontro ao “coração do povo” e perguntar o que ele precisa”, rematou Armindo Faria.

Seguiu-se o debate com várias intervenções dos palestrantes. Conceição Lima começou por enaltecer a importância da Cultura na sociedade. “A Cultura depende de cada um. Não dou mais valor a um mestre de literatura, somente depende do saber fazer de cada um de nós”. Hélder Magalhães considerou ser importante olhar-se para o passado e para a história de Vizela. “Olhar para as pessoas que caracterizam esta terra e que nos distinguem noutros lugares. A Cultura é aquilo que nos distingue, é um bem de primeira necessidade e Vizela tem um imenso potencial, com uma posição estratégica, mas isso só acontece através da sua promoção”, referiu. Eugénio Silva revelou ter aceitado o convite de participar neste debate por achar que os aspetos culturais em Vizela estão “muito deficientes”. “Deveria promover e avaliar a economia. Nós temos locais para promover o turismo, só que a Câmara Municipal só se preocupa em criar e pagar as obras, quando têm várias que podiam ser relembradas”, contou.

No final, Vítor Hugo Salgado, quis também falar e começou por agradecer a presença do painel de convidados. “Um agradecimento que também estendo ao Armindo Faria, não só pelo trabalho que teve aqui neste debate, mas também por me ter “aturado” ao longo deste último mês, pois cada vez mais, tento corresponder às expetativas que depositou na minha pessoa ao estar a ajudar a fazer crescer este projeto, que é fundamental para o futuro de Vizela”. Depois o líder do Movimento “Vizela Sempre” falou acerca do sentido deste debate. “Sei que o pensamento da população é que tudo o que existe na sociedade civil relacionado com a política é mau. Mas se as pessoas perguntarem o que é realmente a política, elas não tem um definição enquanto ciência, mas por exemplo, neste debate em que tivemos a falar de cultura, trata-se de política cultural. Acabamos por perceber que a política é o motor da sociedade civil e se nos afastamos de discutir política, verificamos que também nos afastamos da nossa responsabilidade e deixamos isto nas mãos de quem, muitas da vezes, não tem competência para tal”, acrescentou.

 

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